Robôs do INSS negam 65% dos pedidos de benefícios, maior índice desde 2006
Em auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), seis em cada dez pedidos de benefício lidos pelos robôs do (INSS) são negados. Os dados apresentados são dos requerimentos feitos em 2022.
O resultado mostra aumento em relação ao ano anterior, que negou 45% dos pedidos de benefícios previdenciários, número abaixo dos 65% em 2022.
Por que aumentou o número de pedidos negados?
Segundo o relatório da CGU, o atual cenário “tem como consequência potencial o aumento no número de recursos feitos ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), além dos acionamentos feitos à Justiça”.
Além disso, a complexidade da análise, documentos variados, entre outros aspectos, tornam a automação dependente da análise humana em muitos casos.
A CGU confirmou, por fim, a necessidade de aprimorar os métodos do INSS para reduzir as negativas excessivas.
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O que o INSS justificou sobre o caso?
Segundo o INSS, “37% dos pedidos dos segurados são decididos pela ferramenta de inteligência artificial”. De acordo com o diretor de Tecnologia da Informação do órgão, Ailton Nunes, os robôs ainda não conseguem decidir pedidos complexos, que atualmente são analisados manualmente pelos servidores.
O INSS afirmou que continua concedendo e negando benefícios na mesma proporção de sempre. “Desde 2021, o INSS concede, em média, 52% dos pedidos. E nega os outros 48%. Isso não mudou. A única diferença é que, agora, quem nega a maior parte dos pedidos (66% dos indeferimentos, em média), é o robô”.
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Fonte: previdenciarista.com